Resumo:

  • Robotização e sintetização são duas formas de uso da IA para ajudar as empresas a melhorar a eficiência e a produtividade.
  • A robotização envolve a utilização de robôs digitais para executar tarefas específicas.
  • A sintetização, por sua vez, envolve a utilização de softwares e algoritmos para criar conhecimento via IA.

Pouco setores evoluem tão rápido quanto o de tecnologia. Mas neste mercado em ebulição, uma coisa permanece constante: o que hoje é novidade, amanhã parece uma notícia velha. 

A inteligência artificial (IA) é um ótimo exemplo para ilustrar a máxima. O assunto é destaque na mídia e nas rodas de conversa, principalmente após o lançamento de suas versões generativas no fim de 2022. 

Mas a velocidade de criação de novos produtos tem deixado muita gente confusa, como esse meme que anda circulando na internet nos últimos dias: 

Fonte: Engati

Todo esse hype faz com que fiquemos perdidos, trata-se de um overload de informação. Por isso, é importante ressaltar: sim, os recentes avanços são extraordinários. 

Mas é preciso lembrar que a inteligência artificial já está presente em nossas vidas há algum tempo: auxilia na análise de dados gerados pela transformação digital, no diagnóstico médico e na recomendação de produtos, só para ficar em alguns casos de uso.

Neste post, a SENNO quer explorar as diferenças entre robotização e a sintetização por meio da IA. Enquanto a primeira envolve a capacidade de automatizar tarefas, a última se concentra em utilizar informações existentes para criar soluções.

O que é robotização via IA?

A robotização é a aplicação da inteligência artificial para a automatização de tarefas manuais e repetitivas, com o objetivo de aumentar a eficiência e a produtividade. 

Um exemplo é o mercado de RPA, sigla de Robotic Process Automation, que vem crescendo a taxas de até 30% ao ano, de acordo com a Gartner. A consultoria norte-americana estima que globalmente a receita estimada foi de US$ 2,8 bilhões em 2022, número que deve chegar a US$ 3,3 bilhões este ano. 

A UiPath, uma das líderes do setor, tem a visão de ‘permitir a automação em todo o trabalho de conhecimento para acelerar a realização humana’ e levantou mais de US$ 2 bilhões em suas rodadas de investimento. Já a concorrente Automation Anywhere recebeu aportes de US$ 1,1 bilhão de empresas como a Salesforce Ventures.

As duas empresas usam a IA e o aprendizado de máquina para otimizar operações, melhorar a produtividade e eliminar processos manuais, conectando sistemas e equipes.

Outro exemplo de robotização é o segmento de chatbots, que são programas de computador capazes de simular uma conversa humana e realizar diversas tarefas, como responder perguntas frequentes, realizar agendamentos e fornecer informações básicas. 

Neste mercado, a Zendesk e a Intercom ganham muito dinheiro vendendo softwares para atendimento de clientes. A Manychat, por sua vez, é especializada em chat marketing, que visa aumentar vendas, melhorar o engajamento e gerar leads qualificados. 

Apesar das soluções de chatbots contarem com NLP, uma das categorias de IA, elas não possuem a capacidade de lidar com perguntas mais complexas e utilizam apenas interações automatizadas ou mesmo regras pré definidas por um humano. 

O que é a sintetização da IA?

A sintetização de conhecimento é um processo mais avançado e representa um avanço significativo na interação entre pessoas e máquinas. IAs generativas, como o Dall-E e ChatGPT, deram salto em termos de capacidade de aprendizado.

Essa nova geração têm a habilidade de desenvolver novas ideias, identificar padrões em cenários complexos e sintetizar informações provenientes de diferentes fontes, além de ter um diálogo fluido com os usuários. Tudo isso disponível a partir de um prompt. 

Posso pedir para o algoritmo do Bing Creator – um dos mais avançados para criação de imagens – criar uma imagem do Pikachu (informação A) que está na Avenida Paulista (informação B) usando o estilo do Vincent van Gogh e Pablo Picasso (informação C e D). A IA consegue juntar essas informações e criar uma composição original. Veja a galeria abaixo:

Em qual estágio que sua empresa está?

De acordo com a revista Forbes, 90% das organizações implementaram softwares que automatizam o trabalho. A revista americana cita exemplos como o preenchimento de formulários, a extração de dados da web e outras tarefas rotineiras.

O texto da revista fala que, ao olhar o panorama de tecnologias de automação de maneira mais abrangente, que inclui o já falado RPA, mas também plataformas de low code e assistentes virtuais, o potencial de redução de custos operacionais pode chegar em 30%

Mas essa previsão foi feita um ano antes do surgimento das IA generativas. 

A expectativa agora é maior, à medida que as soluções de IA amadureçam e comecem a ser implementadas nas organizações. Imagine o quanto dá para otimizar quando departamentos inteiros como vendas, marketing e jurídico incorporarem essas ferramentas?

E se forem utilizadas em conjunto com as ferramentas de robotização, a aposta é de um impacto ainda maior: enquanto a IA generativa transforma a geração de conhecimento, os bots de RPA continuam a simplificar e acelerar as operações repetitivas. 

Combinadas, as duas tecnologias permitem que as pessoas se concentrem em atividades mais significativas e estratégicas.

Conclusão

Esse texto faz parte de um relatório sobre Inovação Sintética que criamos para falar sobre inteligência artificial e mostrar aplicações reais do uso da tecnologia. Oferecemos esse conteúdo em formato de uma palestra, na qual os clientes como a farmacêutica Hypera e a agência de publicidade AKQA tiveram a oportunidade de aprender como a inteligência artificial generativa pode ser utilizada para criar diferenciais nos negócios. 

Somos especialistas no tema e desde 2020 desenvolvemos uma IA proprietária que está incorporada no nosso software de gestão inteligente de ideias, o SENNO Ideas.

Se quiser saber mais sobre a palestra, mande uma mensagem. Garantimos que é a melhor maneira de explorar esse universo, que é tão fascinante.